Capítulo 1- Construindo a Escola Cidadã
Temas que serão abordados:cidadania
Participação da comunidade –estamos fazendo
Ppp-estamos fazendo
Interdisciplinaridade- estamos fazendo
Projetos
Gestão escolar
basicamente o que os autores falam iremos categorizar
Neste primeiro capítulo abordaremos o campo conceitual da nossa pesquisa, o que os autores relatam a partir de suas experiências, com relação a escola, e sua articulação com a comunidade em busca de uma escola cidadã e mais democrática, quais os mecanismos para a efetivação e para a construção deste ideal que seria a escola cidadã.
Primeiramente é de fundamental importância relatarmos ao que se refere o conceito de escola cidadã.
Nesta concepção de escola, o aluno seria sujeito da sua própria aprendizagem, atuando de modo inteligente, em busca da compreensão do mundo que o rodeia, criando e coordenando relações entre acontecimentos e objetos nos quais interage, portanto de forma alguma este aluno seria um elemento passivo, e nem o professor um simples difusor de um conhecimento repetitivo, pré-produzido e supostamente definitivo, nesta perspectiva o ser humano seria visto como algo em constante modificação, não sendo algo estático, pronto e acabado.
Segundo o MEC, Desporto da secretária da Educação a Distância, o Projeto Político Pedagógico deve ser construído com a colaboração de todos, escola, comunidade, alunos e os demais segmentos, todos na busca de uma escola mais democrática e participativa, portanto poderiam ser utilizados instrumentos de sondagem na própria comunidade para considerar todos os elementos que podem influenciar no processo educativo.
O Projeto Político Pedagógico, pode ou não ter a participação da comunidade, esta é uma decisão da escola, na EMEF Campos Salles a participação da comunidade na elaboração do PPP foi relevante, o que de acordo com a nossa opinião serviu como uma base para nortear os princípios e a organização da escola.
Outro fator importante para a construção da escola cidadã, ocorre a partir do termo cidadania, que atualmente está sendo amplamente divulgado no âmbito escolar,pois todos sabemos que a escola é uma instituição que pode e muito contribuir para isto, logicamente que junto aos demais órgãos nos diversos segmentos da sociedade .
Segundo Moacir Gadotti:
“A educação para a cidadania dá-se na participação no processo de tomada de decisão”p.49
Segundo Nilson José Machado :
“...Educar para a cidadania significa prover os indivíduos de instrumentos para plena realização desta participação motivada e competente,desta simbiose entre interesses pessoais e sociais, desta disposição pra sentir em si as dores do mundo.”p.43
Segundo Cezar Munhoz:
“Participação cidadã”é sinônimo de partilha das decisões que afetam a própria vida do individuo e da comunidade”p.9
Entendemos portanto que educar para a cidadania é um tema amplo que requer a colaboração e a participação de todos, neste conceito de cidadania os alunos aprenderiam a ser autônomos,a serem críticos e participativos em todas as instâncias, não somente no âmbito escolar como também em sua vida social, aprenderiam diante de uma relação de troca , uma relação dialética e recíproca, onde não teria limites entre o ensinar e o aprender, seria uma relação constante, e infinita, aonde cada educando e educador seriam parte integrante do seu aprendizado e dotado de direitos e deveres, seria também uma relação baseada no respeito mútuo, nas especificidades de cada um, independente de raça, cultura, religião etc.
Ao observarmos a EMEF Campos Salles podemos perceber a incessante busca pela cidadania, pelo aluno autônomo, crítico e participativo, na resolução dos roteiros de estudo, os alunos conseguem estabelecer esta relação de troca entre os demais, a abordagem crítica e até mesmo na resolução dos problemas que acercam as salas de aula e os arredores.
Outro fator importante para a construção desta escola cidadã seria a articulação dos conhecimentos teóricos com a prática da vida social, a chamada interdisciplinaridade.
Para Nilson José Machado a interdisciplinaridade seria:
“ Conforme afirmamos inicialmente, a interdisciplinaridade é hoje uma palavra-chave para a organização escolar. O que se busca com isso é, de modo geral, o estabelecimento de uma intercomunicação efetiva entre as disciplinas, por meio do enriquecimento das relações entre elas. Almeja-se, no limite, a composição de um objeto comum, por meio dos objetos particulares de cada uma das disciplinas componentes.” P.135
É necessário entendermos que as disciplinas escolares resultam de recortes e seleções que foram selecionados para comporem o nosso currículo escolar, expressões de interesses e relações de poder que ressaltam, ocultam ou negam saberes.Assim alguns campos de saber são privilegiados em sua representação como disciplinas escolares e outros não.
Para o aluno, o conhecimento fica então fragmentado em virtude desta separação de matérias, o que ocasiona um grande erro pois os conhecimentos necessitariam serem entendidos de forma global, um complementando o outro e podendo inclusive ser aplicado na vida de cada um .
Segundo Nilson José Machado em seu livro Projetos e Valores:
“ De fato, a construção do conhecimento pressupõe o estabelecimento de uma densa rede de interconexões entre as informações, uma apreensão do contexto, uma compreensão do significado, uma visão articulada de todo cenário de informações, que se torna passível de uma mobilização para a ação. Em síntese, a palavra-chave associada ao conhecimento é teoria, em seu sentido mais nobre, de capacidade de olhar...e ver.” P. 79
O autor vai para além , salientando que os conhecimentos se completam e que esta subdivisão imposta no currículo escolar delimita o poder que cada matéria exerce na conexão e na ligação que fazem a nossa vida.
“...nenhum conhecimento deveria justificar-se como um fim em si mesmo, devendo estar, permanentemente, a serviço das pessoas.” P.81
“...a organização do trabalho escolar nos diversos níveis de ensino baseia-se na constituição de disciplina, que se estruturam de modo relativamente independente, com um mínimo de interação intencional e institucionalizada. Tais disciplinas passam a constituir verdadeiros canais de comunicação entre a escola e a realidade, a tal ponto que, quando ocorrem reformulações ou atualizações curriculares, a ausência de novas disciplinas ou de alterações substantivas nos conteúdos das que já existem é, freqüentemente, interpretada como indício de parcas mudanças....” P115
Segundo Cezar Munhoz em seu livro Pedagogia da Vida Cotidiana :
“A mediação educativa é uma realidade concreta, situada entre a outra, o outro (individuo, grupo ou comunidade) que oferece consistência, objetividade e realismo á relação de convivência que se dá entre as duas partes que protagonizam a vida cotidiana...”p.52
“...Seria importante estar atentos, observar e analisar, ao longo de nossa vida cotidiana em nível íntimo, pessoal, familiar e profissional, as diversas situações em que nos encontramos, compartilhando espaço-tempo com outras pessoas, participando em nosso bairro, em nossa cidade, realizando e apresentando uma proposta de anteprojeto profissional, transformando-a em projeto em colaboração com outras cidades ou cidadãos....”p.37
O autor nos relata que podemos articular nossas experiências práticas com nossa vida escolar, e que inclusive isto seria muito bom para o melhor funcionamento da nossa prática social, o mesmo que pode ocorre com a escola, seguindo a amplitude da interdisciplinaridade o aluno poderá enxergar em suas experiências diárias, atitudes, fatos que poderia estar relacionando aos conhecimentos teóricos que adquiriu na escola.
As aprendizagens prévias portanto devem ser consideradas, pois constituem-se em instrumentos de leituras e interpretação, impostas como condição para novas aprendizagens, as quais requerem ação por parte do aluno. O ponto central e de importância relevante é garantir a realização de aprendizagens significativas a partir do estabelecimento de relações entre o que o aluno já sabe e o que
O professor deve ser o mediador do processo que resgatará as concepções espontâneas de seus alunos, ou seja as experiências de vida, a aprendizagem assistemática, os estudos na própria escola, para inteirá-las as suas e as contidas nos documentos de referência (livros, revistas cientificas, etc.) para construção do conhecimento científico.
Assim sendo o aluno inicia uma nova aprendizagem escolar sempre a partir de conceitos, concepções, representações e conhecimentos que construiu em experiências anteriores.
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
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