terça-feira, 30 de setembro de 2008

FICHAMENTO LILIAN

Fichamento:
MACHADO, J. Nilson. Educação: Projeto e Valores. São Paulo. Escrituras Editora, 2006.
“...um professor não pode impacientar-se tanto com o insucesso de seu aluno, ou desejar ajudar com tanto entusiasmo que tente determinar as metas a serem atingidas pelo outro, ou realizar as ações projetadas em seu lugar” P.7
• O professor não deve criar projetos para os alunos, cada um tem seu ritmo sua diferenças, devemos incentiva-los, motiva-los a ultrapassarem seus limites respeitando a sua opinião, trabalhando sua autonomia.
“Mesmo em pises onde os direitos humanos não costumam ser violados, a necessidade da formação do cidadão permanece viva, relacionando-se com a semeadura de valores e a articulação entre os projetos individuais e os projetos coletivos.” P.41
• Formação para a cidadania faz parte da sociedade
“...Educar para a Cidadania significa prover os indivíduos de instrumentos para a plena realização desta participação motivada e competente, desta simbiose entre interesses pessoais e sociais, desta disposição para sentir em si as dores do mundo.” P.43
• Educação para cidadania afim de prover autonomia, ensinar a ser autônomos, prontos para enfrentar a sociedade e seus problemas, transformando e questionando a realidade que esta inserido.
“ No ambiente escolar, o cultivo da tolerância desenvolve-se por meio do crescimento individual, do respeito pelo outro, do reconhecimento da diversidade humana como uma grande riqueza, um imenso repertório de perspectivas a serem fundidas e combinadas de infinitas formas. Nenhum valor floresce, no entanto, sem uma vivência efetiva, onde o discurso continuamente alimenta e qualifica as ações, alimentando-se delas, simbioticamente. A condição de possibilidade de uma tal simbiose é, com todas as letras, a integridade do professor.” P. 56
• A formação do ser humano voltada aos valores e o professor seria seu espelho.
“ De fato, a construção do conhecimento pressupõe o estabelecimento de uma densa rede de interconexões entre as informações, uma apreensão do contexto, uma compreensão do significado, uma visão articulada de todo cenário de informações, que se torna passível de uma mobilização para a ação. Em síntese, a palavra-chave associada ao conhecimento é teoria, em seu sentido mais nobre, de capacidade de olhar...e ver.” P. 79
• O conhecimento não pode ser somente teoria, tem que ter a prática – o ver, olhar, refletir, compreender, transformar. A produção do conhecimento não pode preso em poucos instrumentos e recursos, ele é amplo, e muito mais rico quando articulado com várias ferramentas.

“...nenhum conhecimento deveria justificar-se como um fim em si mesmo, devendo estar, permanentemente, a serviço das pessoas.” P.81
• O conhecimento é mudável, não podemos prende-lo a disciplinas ele é muito mais amplo e rico, José de Alencar não é apenas literatura, é história, artes, geografia e o que mais couber uma reflexão. O conhecimento é preso a outros, como uma rede de conhecimento e não deve ficar preso a pesquisa e papéis mas a serviço de sua sociedade, trazer inovações, mudanças.
Em todos os casos, a necessidade de articulação, de solidariedade, de compromisso entre projetos individuais e coletivos é sempre fundamental. Dentro de certos limites, escolhemos uma instituição para trabalhar na medida em que vislumbramos uma harmonia entre o projeto institucional e os projetos pessoais que alimentamos; votamos em determinado partido – ou candidato – em razão das expectativas de convergência entre as visões de mundo expressas nos programas e as que preferimos e professamos; convertemo-nos a certas religiões em função de uma busca de uma sintonia mais fina entre os princípios que a fundamentam e as verdades em que acreditamos. P. 86
• Solidariedade entre os projetos individuais e os coletivos, idéia de grupos reunidos em torno de um mesmo projeto.
A esse respeito, cresce a cada dia a importância da idéia de que conhecer é, cada vez mais, partilhar significados. Os significados, por sua vez, são construídos por meio de relações estabelecidas entre os objetos, as noções, os conceitos. Um significado é como é como um feixe de relações. O significado de algo é construído falando-se sobre o tema, estabelecendo conexões pertinentes, às vezes insuspeitadas, entre diversos temas. Os feixes de relações, por sua vez, articulam-se em grande teia de significações. O conhecimento é uma teia desse tipo. E uma imagem mais fecunda do que o mero encadeamento é a de conhecer como tecer, enredar significações. P.101
• O conhecimento não deve ter fim nele mesmo, mas ser partilhado, discutido entre outros, ter uma prática.
“...a organização do trabalho escolar nos diversos níveis de ensino baseia-se na constituição de disciplina, que se estruturam de modo relativamente independente, com um mínimo de interação intencional e institucionalizada. Tais disciplinas passam a constituir verdadeiros canais de comunicação entre a escola e a realidade, a tal ponto que, quando ocorrem reformulações ou atualizações curriculares, a ausência de novas disciplinas ou de alterações substantivas nos conteúdos das que já existem é, freqüentemente, interpretada como indício de parcas mudanças....” P115
• A constituição da escola por disciplinas e sua importância para a comunidade que esta inserida deste esta deixe entrar a realidade da comunidade escolar.
“ No cenário atual, a utilização cada vez mais intensiva das tecnologias informáticas no terreno educacional situa no centro das atenções a necessidade de buscar-se novas formas de organização do trabalho escolar. A idéia de rede cresce continuamente em importância, tanto em sentido literal, associada às redes de computadores, como a Internet, quando em sentido figurado, como imagem para representar o conhecimento. Certamente, hoje, tácita ou explicitamente, as redes configuram uma moldura sem a qual não se pode conhecer o conhecimento. Pode não se tratar exatamente do núcleo de um novo “sistema filosófico”, mas a influência das redes encontra-se em toda parte e a própria idéia de interdisciplinaridade encontra-se diretamente associada a tal idéia.” P.125
• Hoje a busca por novos métodos e novas formas de educação está ligado as mudanças no cenário de organização do trabalho e a forma destas relações. A sociedade busca novas formas de organizar o trabalho escolar pois a educação como esta hoje não esta dando resultados esperados para o mundo do trabalho, a sociedade pedem novas formas que não sejam a simples transmissão do conhecimento.
“ Conforme afirmamos inicialmente, a interdisciplinariedade é hoje uma palavra-chave para a organização escolar. O que se busca com isso é, de modo geral, o estabelecimento de uma intercomunicação efetiva entre as disciplinas, por meio do enriquecimento das relações entre elas. Almeja-se, no limite, a composição de um objeto comum, por meio dos objetos particulares de cada uma das disciplinas componentes.” P.135
• O autor coloca a interdisciplinariedade como palavra chave em sua teoria de rede de conhecimento, todas as disciplinas ligadas a um objetivo em comum.
Conclusão
A educação escolar é muito mais complexa do que ela apresenta hoje, a muito mais temas, trabalhos, problemas para ser discutidos do que as matéria escolares. O autor apresenta uma educação diferente voltada para a formação do homem em suas competências.
Hoje a educação não é mais a transmissão do conhecimento, mas segundo o autor e a interdisciplinariedade entre as matérias e a não divisão do conhecimento. O conhecimento para o autor é mudável, não há centro e sim redes e o compara com a rede de informática e heterogenio.
O conhecimento não pode ser de forma fragmentada, dividida, mas deve vir como um todo. A realidade em que o aluno se encontra deve ser levada em consideração deve fazer parte da escola, pois faz parte deste conhecimento, o aluno não pode entender o mundo fragmentado, mas ter uma visão global da sua realidade para que possa fazer escolhas conscientes.

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